A Mercedes iniciou o projeto do Classe A em 1982 com o conceito NAFA, um veículo urbano subcompacto com dois lugares e um motor de três cilindros com 40 cv. Seu nome era uma abreviação do termo alemão para “veículo de curtas distâncias” e, apesar de sua descrição ser semelhante à de um smart ForTwo, foi a partir daí que surgiu a ideia de desenvolver um compacto para as cidades do futuro. Naquela época, havia a previsão de que no futuro as pessoas desejariam carros compactos para lidar com o trânsito e a falta de espaço nas grandes cidades.
Para criar um veículo compacto mas confortável, seguro e confiável, a Mercedes teve que encontrar uma solução para o problema do espaço. A solução encontrada foi a verticalização, colocando os componentes do carro em camadas, como um sanduíche. Assim, o motor, câmbio, bateria, suspensão traseira, tanque de combustível e escapamento ficaram no nível inferior, deixando espaço livre no assoalho superior para um espaço interno amplo e sem obstáculos. Este layout foi chamado de “chassi sanduíche” e foi a base para o conceito Vision A 93, precursor do Classe A.
O Vision A 93 foi apresentado no Salão de Frankfurt em 1993, e a Mercedes deixou claro que o modelo poderia ser produzido se fosse bem recebido pelo público. E foi exatamente o que aconteceu, pois 80% dos presentes aprovaram o veículo, que ainda tentava manter elementos estéticos da nova Classe C (W202) ao invés de ter um visual próprio. O conceito foi apresentado em três versões: duas com motor de três cilindros inclinados (um diesel com 60 cv e um a gasolina com 75 cv) e uma versão elétrica, com um motor de 40cv e baterias que proporcionam uma autonomia de 150 km.
No ano seguinte, o modelo recebeu algumas modificações e um novo nome, Studie A, e foi apresentado no Salão de Genebra. Novamente, o público recebeu o veículo de forma positiva e o conselho administrativo da Daimler AG autorizou a produção do compacto.
Porém, como a plataforma era totalmente diferente de qualquer outro carro produzido pela Mercedes, nenhum componente do novo modelo poderia ser compartilhado com os demais modelos da marca, incluindo o motor e o câmbio. Os Mercedes da época tinham toda tração traseira, enquanto o Classe A seria um veículo dianteiro. Além disso, o carro precisaria atender aos rigorosos padrões de qualidade da Mercedes, o que exigiria uma produção especialmente cuidadosa.
O Classe A foi lançado em 1997 e logo se tornou um sucesso, com sua combinação única de espaço interno, conforto, segurança e desempenho. O modelo foi oferecido em diversas versões, incluindo a gasolina, diesel e elétrica, e foi um dos primeiros carros compactos a ser equipado com sistemas de segurança avançados, como o controle de estabilidade e o sistema de freios ABS.
Desde então, o Classe A passou por várias atualizações e reestilizações, mantendo sempre sua reputação de carro compacto de alta qualidade e desempenho. Atualmente, o Classe A é oferecido em versões hatchback, sedã e station wagon, e é um dos carros mais populares da Mercedes, vendido em todo o mundo. Além disso, o Classe A também é usado como base para o modelo de alto desempenho Mercedes-AMG A 45, que é um dos carros mais potentes da sua categoria.
Em resumo, a história do Classe A começa com um conceito inovador de veículo compacto para as cidades do futuro, que se tornou realidade com o lançamento do modelo em 1997. Desde então, o Classe A tem se mantido como um carro de alta qualidade, conforto e segurança, sendo um dos mais populares da Mercedes em todo o mundo.
