O Brasil é um país com uma longa história de produção e consumo de automóveis. Desde os primeiros modelos importados até os atuais nacionais, os brasileiros sempre tiveram uma paixão por carros. No entanto, nem todos os carros que circularam pelas ruas e estradas do país foram dignos de elogios. Alguns se tornaram verdadeiros pesadelos para os seus donos, por causa de defeitos, problemas mecânicos, baixo Desempenho, Design duvidoso ou simplesmente falta de qualidade. Neste post, vamos listar os 10 piores carros do Brasil de todos os tempos, segundo a opinião de especialistas, jornalistas e consumidores.
10. Gurgel BR-800
O Gurgel BR-800 foi um carro popular desenvolvido pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, fundador da empresa Gurgel Veículos. Lançado em 1988, o BR-800 pretendia ser uma alternativa barata e econômica aos carros importados, que na época eram proibidos no Brasil. O carro tinha um motor de dois cilindros, refrigerado a ar, que gerava apenas 32 cavalos de potência. O desempenho era sofrível, com uma velocidade máxima de 120 km/h e um consumo de 17 km/l. O design era simples e pouco atraente, com uma carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro. O carro era tão ruim que ganhou o apelido de “Gur-geléia” e foi um fracasso de vendas. A Gurgel faliu em 1994 e o BR-800 saiu de linha.
9. Fiat Marea
O Fiat Marea foi um sedã médio produzido pela Fiat entre 1998 e 2007. O carro era derivado do Fiat Brava, mas tinha um visual mais sofisticado e uma gama de motores mais potentes. No entanto, o Marea também era conhecido por ser um carro problemático, que exigia uma manutenção cara e frequente. O motor 2.0 20V, por exemplo, tinha um sistema de correia dentada que precisava ser trocado a cada 60 mil km, sob o risco de causar danos irreversíveis ao motor. Além disso, o carro sofria com problemas elétricos, de suspensão, de câmbio e de arrefecimento. O Marea era tão odiado pelos mecânicos que eles o chamavam de “Mareia”, “Mareão” ou “Maremoto”.
8. Chevrolet Agile
O Chevrolet Agile foi um hatch compacto produzido pela Chevrolet entre 2009 e 2014. O carro era baseado na plataforma do Corsa, mas tinha um design totalmente novo, assinado pelo centro de estilo da GM na América do Sul. O Agile tinha um visual polêmico, com uma dianteira exagerada e uma traseira desproporcional. O carro também não se destacava pelo desempenho, com um motor 1.4 que entregava 102 cavalos de potência, mas tinha um consumo elevado. O Agile ainda tinha um acabamento interno de baixa qualidade, com plásticos duros e encaixes ruins. O Agile foi substituído pelo Onix em 2014, que se tornou um sucesso de vendas.
7. Volkswagen 1600
O Volkswagen 1600 foi um sedã médio produzido pela Volkswagen entre 1968 e 1971. O carro era uma versão alongada do Fusca, com quatro portas e um porta-malas maior. O carro tinha um motor traseiro de 1.6 litro, que gerava 65 cavalos de potência. O desempenho era razoável, mas o carro tinha uma estabilidade precária, por causa do peso excessivo na traseira. O design era estranho, com uma frente baixa e uma traseira alta, que lhe rendeu o apelido de “Zé do Caixão”, em referência ao personagem de terror criado pelo cineasta José Mojica Marins. O carro não agradou ao público e teve uma vida curta no mercado.
6. Hyundai Veloster
O Hyundai Veloster foi um hatch médio produzido pela Hyundai entre 2011 e 2017. O carro tinha um design inovador, com três portas: uma do lado do motorista e duas do lado do passageiro. O carro também tinha um visual esportivo, com uma grade hexagonal, faróis afilados e lanternas traseiras em LED. No entanto, o Veloster decepcionou pelo desempenho, com um motor 1.6 que entregava apenas 128 cavalos de potência. O carro era lento, com uma aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos e uma velocidade máxima de 185 km/h. O Veloster era tão fraco que ganhou o apelido de “Velhoster” ou “Velostéril”.
5. Ford Del Rey
O Ford Del Rey foi um sedã médio produzido pela Ford entre 1981 e 1991. O carro era derivado do Ford Corcel II, mas tinha um visual mais luxuoso e uma gama de motores mais potentes. O carro tinha um motor 1.6 ou 1.8, que gerava entre 73 e 90 cavalos de potência. O desempenho era mediano, com uma velocidade máxima de 160 km/h e um consumo de 10 km/l. O design era conservador, com uma frente retangular e uma traseira truncada. O carro também tinha um acabamento interno de baixa qualidade, com plásticos frágeis e tecidos desbotados. O Del Rey foi substituído pelo Ford Versailles em 1991, que também não fez muito sucesso.
4. Renault Symbol
O Renault Symbol foi um sedã compacto produzido pela Renault entre 2009 e 2013. O carro era baseado no Renault Clio, mas tinha um visual mais sóbrio e um porta-malas maior. O carro tinha um motor 1.6 8V ou 16V, que gerava entre 95 e 115 cavalos de potência. O desempenho era satisfatório, com uma velocidade máxima de 180 km/h e um consumo de 13 km/l. O design era sem graça, com uma frente genérica e uma traseira desarmônica. O carro também tinha um espaço interno limitado, com um banco traseiro apertado e um painel simples. O Symbol foi substituído pelo Renault Logan em 2013, que se tornou um sucesso de vendas.
3. Fiat Tipo
O Fiat Tipo foi um hatch médio produzido pela Fiat entre 1993 e 1997. O carro era importado da Itália e tinha um design moderno e aerodinâmico, com uma frente inclinada e uma traseira arredondada. O carro tinha um motor 1.6 ou 2.0, que gerava entre 82 e 137 cavalos de potência. O desempenho era bom, com uma velocidade máxima de 190 km/h e um consumo de 12 km/l. No entanto, o Tipo ficou marcado por um grave problema de segurança: o carro tinha uma tendência a pegar fogo, por causa de um defeito no sistema elétrico. Vários casos de incêndios foram registrados, alguns com vítimas fatais. O Tipo foi retirado do mercado em 1997, após uma série de recalls e processos judiciais.
2. Chevrolet Chevette
O Chevrolet Chevette foi um hatch compacto produzido pela Chevrolet entre 1973 e 1993. O carro era derivado do Opel Kadett, mas tinha um visual adaptado ao gosto brasileiro, com uma frente mais alta e uma traseira mais baixa. O carro tinha um motor 1.0, 1.4 ou 1.6, que gerava entre 50 e 76 cavalos de potência. O desempenho era ruim, com uma velocidade máxima de 140 km/h e um consumo de 9 km/l. O design era antiquado, com uma frente quadrada e uma traseira caída. O carro também tinha um acabamento interno de péssima qualidade, com plásticos quebradiços e bancos desconfortáveis. O Chevette foi substituído pelo Chevrolet Corsa em 1993, que se tornou um sucesso de vendas.
1. Lada Laika
O Lada Laika foi um sedã compacto produzido pela Lada, uma marca russa, entre 1986 e 2010. O carro era importado para o Brasil entre 1990 e 1995, como uma opção barata e robusta. O carro tinha um motor 1.5 ou 1.6, que gerava entre 64 e 72 cavalos de potência. O desempenho era péssimo, com uma velocidade máxima de 140 km/h e um consumo de 8 km/l. O design era ultrapassado, com uma frente reta e uma traseira quadrada. O carro também tinha uma qualidade construtiva deplorável, com peças que se soltavam, ferrugem que corroía a carroceria e vazamentos que inundavam o interior. O Lada Laika foi um dos maiores fiascos da história do mercado automotivo brasileiro.