O Infiniti QX80 Sport 2026 chega com pegada de carro-chefe e a cara de “não vim pra brincadeira”. V6 biturbo, cabine high-tech e preço que passa dos $100 mil — é muito luxo, muita presença e, sim, algumas escolhas que vão dividir opinião.
O que muda no QX80 Sport 2026 e por que isso importa?
“Sport” aqui é estética e pacote de equipamentos, não performance extra. O powertrain é o mesmo da linha, mas o visual fica mais agressivo com grelha exclusiva, para-choque retrabalhado, cromados escurecidos e rodas de 22 polegadas. Isso atrai quem quer presença sem cair no exagero mecânico e, convenhamos, funciona pra caramba.
Por dentro, o tema Dusk Blue combina couro semi-anilina, madeira de poro aberto e acabamento dark matte chrome — pouco brilho, muito tato premium. É um luxo moderno, sem cara de sala de estar antiga, e conversa bem com o posicionamento global do modelo no topo do segmento.
O V6 biturbo de 450 hp entrega mais que saudade do V8?
Motor VR35DDTT 3.5 V6 twin-turbo com 450 hp a 5.600 rpm e 516 lb-ft (≈700 Nm) a 3.600 rpm; na prática, mais força útil que o antigo V8 e respostas mais rápidas. A caixa automática de 9 marchas mantém o giro baixo em cruzeiro e solta o torque cedo — ótimo para um SUV pesado. Em números, 0-97 km/h em 6,1 s e velocidade limitada a 198 km/h, segundo medições independentes “rápidas e silenciosas mesmo a fundo”.
Tração All-Mode 4WD é padrão no Sport, com gestão inteligente de torque entre os eixos. Reboque? Até 8.500 lb (≈3.856 kg). Não é um devorador de pista — nem promete ser —, mas empurra esse colosso com zero drama. E isso, no uso real, vale ouro.
O chassi e a suspensão dão conta do porte sem castigar?
Plataforma body-on-frame robusta, suspensão pneumática eletrônica e amortecedores adaptativos (Dynamic Digital Suspension). Em estrada lisa, é uma nave; em piso remendado, as rodas 22” e pneus de perfil baixo deixam a condução “nervosa”. É o preço visual do “blacked-out badass”.
Se conforto absoluto é seu número 1, alguns rivais filtram impactos agudos melhor. Ainda assim, a calibração segura a carroceria nas curvas e mantém a cabine silenciosa. A moral: lindo, confiante, mas podia ser menos duro nas crateras do mundo real.
O interior “Dusk Blue” é luxo real ou só marketing?
É luxo real: bancos dianteiros com aquecimento, ventilação e massagem de série; segunda fila com poltronas tipo capitão (também climatizadas) e terceira fila ampla. Iluminação ambiente com 64 cores e acabamento de alto nível elevam o clima de “clube moderno” sem cair no brega.
Espaço de carga é ponto forte: até 101,0 pés³ (≈2.860 L) com filas rebatidas. Atrás da terceira fila, 22,0 pés³ (≈623 L). É prático para família, viagem e as tralhas todas — sem xarope.
O pacote de tecnologia é líder de segmento de fato?
Painel Monolith Display System com duas telas de 14,3” sob um vidro único e uma terceira de 9” para clima e modos — claro, organizado e funcional. Google integrado, Apple CarPlay/Android Auto sem fio e assistências ProPILOT (até 2.1 disponível) criam uma experiência de “hospitalidade” à la Omotenashi completa e bem pensada.
O áudio Klipsch Reference Premiere com 24 alto-falantes e 1.200 W é um show. Tem tweeters de titânio, sub TriPower e até áudio individual nos encostos de cabeça — uma sacanagem sonora das boas para quem curte música a sério com pedigree hi-fi.
Como anda o consumo e a autonomia de viagem?
Classificações oficiais para versões 4WD: 16 mpg cidade, 19 mpg estrada e 17 mpg combinado (≈14,7 / 12,4 / 13,8 L/100 km). Em cruzeiro constante a 120 km/h, medições de terceiros cravaram 23 mpg (≈10,2 L/100 km). Tanque de 23,6 gal (≈89,3 L) garante boa autonomia.
Ou seja: eficiente “para o porte”. Ainda é um SUVzão a gasolina, e a física não perdoa. Mas em viagem longa, o consumo surpreende positivamente — ponto pro V6 biturbo.
Preço e versões: o Sport faz sentido pelo que entrega?
Faixa de MSRP: PURE RWD $83.750; LUXE RWD $90.850; SPORT 4WD $101.950; AUTOGRAPH 4WD $111.500. O Sport salta mais de $11 mil sobre a LUXE, mas soma 4WD, pacote estético completo, bancos com massagem, Klipsch 24, Biometric Cooling e o teatral Light Path. No conjunto, a conta fecha.
Se você quer “tudo pronto” com cara de edição especial, o Sport é o sweet spot. Se busca o máximo de mimos e acabamento no teto da gama, a Autograph te chama pelo nome — e pela carteira.
Contra quem ele briga e o que você precisa saber agora?
Rivais diretos incluem Escalade, Navigator, GLS, X7 e LX 600. Dentro do espectro americano, a proposta é competir em torque, tecnologia embarcada e valor de equipamento, com preço ligeiramente mais doce que alguns europeus parrudos.
Se sua mira está em utilitários full-size com robustez e conteúdo, vale olhar também o pacote aventureiro do GMC Acadia Denali Ultimate (outro luxo na veia, em porte menor) para balizar custo/benefício de tecnologia e materiais.
Números-chave em 10 segundos
- V6 3.5 biturbo, 450 hp
- 516 lb-ft (≈700 Nm)
- 9 marchas automática
- All-Mode 4WD padrão
- 0-97 km/h: 6,1 s
- Reboque: 8.500 lb
- Consumo comb.: 17 mpg
- Tanque: 23,6 gal
Comparativo direto: onde o QX80 Sport ganha e perde
- Torque: líder do grupo
- Áudio: set top exclusivo
- Tech: câmeras e ProPILOT
- Conforto: rodas 22” endurecem
- Preço: competitivo por conteúdo
- Prestígio: abaixo de ícones EU
E os outros SUVs grandes — vale espiar alternativas antes de fechar?
Se você equilibra luxo com custo total, um 3-fileiras híbrido como o Hyundai Palisade 2026 pode cutucar seu racional; não é full-size clássico, mas entrega sofisticação e eficiência.
Preferiu o “musculoso raiz”? Avalie também o pacote de capacidade e tecnologia de um Chevrolet Tahoe 2025, referência em espaço e opções de powertrain, para comparar valores e conteúdo.
E se luxo elétrico entrar no seu radar agora?
Quer silenciar o V6 e abraçar o torque instantâneo? O Jeep Wagoneer S aponta para um futuro elétrico com pegada premium, outra régua interessante antes de cravar a compra do QX80.
Agora, se o seu coração bate mais forte por design imponente e o conjunto de câmeras do QX80 (Invisible Hood, Wide Front View) te ganha, é difícil tirar esse monolito da cabeça — droga de carro bonito.
FAQ rápido
- O “Sport” aumenta desempenho? Não. É pacote de estilo/equipamentos com 4WD de série, mas powertrain idêntico às demais versões.
- Qual o principal ponto fraco? Aspereza em piso ruim por causa das rodas 22” e pneus de perfil baixo.
- Tem direção semiautônoma? Sim, ProPILOT Assist 2.1 disponível, com condução hands-off em vias mapeadas (atenção do condutor sempre exigida).
- Como é o som da cabine? O Klipsch 24 canais é absurdo de bom para o segmento e permite áudio individual no encosto de cabeça.
- É bom para longas viagens? Sim: tanque grande, bom isolamento e consumo de cruzeiro melhor que o esperado para o porte.
Ficha técnica resumida: o essencial sem rodeios
Motor: VR35DDTT 3.5 V6 twin-turbo; 450 hp @ 5.600 rpm; 516 lb-ft (≈700 Nm) @ 3.600 rpm. Transmissão: automática 9 marchas; Tração: All-Mode 4WD; 0-97 km/h: 6,1 s; Vmáx: 198 km/h (limitada); Reboque: 8.500 lb; Consumo: 16/19/17 mpg (cidade/estrada/comb.); Tanque: 23,6 gal; Rodas/Pneus: 22” (provável 275/50R-22). Dimensões: 5.364 x 2.116 x até 2.035 mm; entre-eixos: 3.073 mm; peso: ~2.944 kg.
Conteúdo Sport: grelha e para-choque exclusivos, acabamentos escurecidos, interior Dusk Blue, Klipsch 24, bancos c/ massagem, Biometric Cooling, INFINITI Light Path, suspensão pneumática e amortecimento adaptativo. Para comparar comportamento visual e “aura de edição”, veja como uma proposta off-road icônica também aposta em séries especiais, caso do Ford Bronco 60th Anniversary.
3 frases que resumem o veredito
- Estética e tech brilham forte
- Torque e silêncio convencem
- Conforto peca no piso ruim
“Rápido e silencioso mesmo sob forte aceleração”, cravam testes independentes — combinação rara em SUVs BOF deste porte comprovada em medições detalhadas.
“Google integrado e telas coesas fazem o carro parecer mais esperto do que o motorista” — eu disse isso meio rindo, mas o ecossistema realmente soma valor no uso cotidiano.
“Sistema Klipsch digno de sala de concerto” não é exagero: palco 3D e materiais premium deixam qualquer playlist soando indecentemente bem para um SUV de série.
Minha opinião: quem deve comprar e quem deve passar
Se você quer um SUV de luxo grande que foge do óbvio, com design japonês autoral, cabine tech de verdade e torque que empurra sem esforço, o QX80 Sport 2026 é um baita acerto. O preço é alto, mas o pacote é gordo e coerente. Agora, se seu santo é conforto de “tapete mágico” em piso ruim, vá testar concorrentes com rodas menores — aqui, as 22” cobram seu pedágio. No saldo: um luxo moderno, ousado e danado de competente, com uma pitada de “quero mais amortecimento, por favor”.
Agora é com você: o QX80 Sport ganhou seu voto ou o acerto/erro da suspensão pesa mais? Deixe seu comentário e diga qual rival te convenceu e por quê.
Author: Fabio Isidoro
Fabio Isidoro é o fundador e editor-chefe do Canal Carro, onde escreve sobre o universo automotivo desde 2022. Apaixonado por carros e tecnologia, iniciou sua trajetória no portal HospedandoSites e hoje se dedica à criação de conteúdos técnicos e análises completas sobre veículos nacionais e internacionais. 📩 Contato: contato@canalcarro.net.br