O GMSV Le Mans GTR é a resposta direta à pergunta que todo entusiasta faz: como seria um carro de corrida de cauda longa desenhado hoje por quem entende de engenharia de verdade? Aqui vai a porra da resposta: V12 até 12.100 rpm, câmbio manual de 6 marchas e aerodinâmica de pista sem firula.
O que é o GMSV Le Mans GTR e por que diabos ele existe?
É o projeto de pista da divisão Special Vehicles de Gordon Murray, com foco total em volta rápida, consistência e sensação mecânica pura. O coração é o V12 do GMA T.50 — só que todo o resto foi redesenhado para a pista: suspensão mais leve e rígida, bitolas mais largas, pneus maiores, resfriamento reforçado e distribuição de peso otimizada.
O carro nasceu de um pedido direto de um colecionador que curte coisa rara e sem filtro. Ele queria “o que você levaria para Le Mans hoje?”. O resultado é um longtail moderno, para quem acha que hipercarro bom é hipercarro que berra alto, gira absurdo e entrega sensação analógica de verdade — algo no espírito do V‑12 manual raiz do GP1.
Como o V12 a 12.100 rpm e o câmbio manual mudam o jogo?
O V12 naturalmente aspirado do T.50 é uma joia: leve, hiper-responsivo e com uma faixa de rotação indecente para um carro atual. Na configuração do T.50, ele entrega cerca de 650 hp, e serve aqui como base técnica de referência — a calibração do Le Mans GTR pode variar por ser de pista. Confira os números do T.50 direto na ficha da fabricante em Gordon Murray Automotive.
Somado ao manual de 6 marchas e ao escalonamento pensado para ritmo de circuito, o conjunto prioriza controle fino e feedback na veia. É o oposto da onda híbrida pesada — que também é incrível em seu contexto, como o V12 eletrificado do Lamborghini Fenomeno — mas aqui a proposta é mais raw, mais “piloto primeiro, números depois”.
Quais soluções de aerodinâmica e chassi entregam tempo de volta?
O ventilador do T.50 sai de cena. Entra um pacote aero clássico e agressivo: divisor frontal profundo, saias laterais, difusor traseiro de canal duplo e asa de largura total. O fluxo é limpo, progressivo e feito para estabilidade de alta — tudo aquilo que você quer quando a reta acaba e a frenagem te encara com cara feia.
O chassi recebe suspensão mais leve e rígida, bitola maior e pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 mais largos — que, quando aquecem, grudam como cola quente. Quer entender por que esse pneu é tão maldito de bom? Ah, e a tomada de ar RAM no teto enche a cabine com o barulho glorioso do V12 — exatamente como um carro de corrida deve fazer.
Se você curte aero hardcore em modelo de pista homologado para traçado, vale comparar com o pacote extremo do Mustang GTD Liquid Carbon, que segue outra filosofia, porém busca o mesmo objetivo: baixar tempo com downforce e gerenciamento térmico.
Quantas unidades existirão e quanto custa entrar nesse clube?
Serão 24 unidades — uma por cada hora da prova que inspirou o nome. Todas já vendidas. Preço? Não divulgado. Em conversas de bastidor, isso costuma morar entre sete e oito dígitos em dólares ou euros, dependendo da especificação e do pacote de personalização. Se doeu, bem-vindo ao mundo dos track specials de tiragem ridícula.
A cabine foi redesenhada para pista: painel reorganizado, interruptores e mostradores onde precisam estar, almofadas de assento e pedais retrabalhados. Você escolhe cores e materiais, sem matar a função. Exclusividade é o jogo aqui — tão “colecionável” quanto os recordistas que todo mundo cita, tipo o Koenigsegg Jesko Absolut na guerra de velocidade, mas com sabor purista bem diferente.
Como ele se compara a rivais de pista e a hipercarros eletrificados?
Não é sobre 0–100 relâmpago. É sobre sensação, ritmo de stint e constância de volta. O Le Mans GTR joga no campo do “pilotar com as mãos”, enquanto hipercarros elétricos apelam para torque instantâneo e management eletrônico pesado — ambos incríveis, mas com filosofias quase opostas.
Para referência cruzada: compare a entrega brutal de um EV de pista como o YangWang U9 Track Edition com o longtail V12 aspirado. Um esmigalha nos números de reta. O outro hipnotiza no feeling e no estado de flow. Escolha seu veneno.
Destaques técnicos rápidos
- V12 NA até 12.100 rpm
- Manual de 6 marchas
- Divisor, saias e asa total
- Difusor canal duplo
- Suspensão leve e rígida
- Michelin Pilot Sport Cup 2
- Tomada RAM no teto
- 24 unidades, todas vendidas
Comparativo direto (em bullets, sem bullshit)
- Filosofia: purista vs híbrido/EV
- Feedback: analógico vs digital
- Ritmo: stint longo vs burst
- Som: V12 grita vs silêncio+assovio
- Aero: longtail clássico vs ativa
- Manutenção: artesanal vs high-tech
Por que esse longtail tem tanta “alma” para quem pilota?
Porque é leve, mecânico e feito para conversar com você o tempo todo. A tomada RAM no teto joga o hino do V12 direto no seu capacete. O manual te obriga a estar ligado a cada metro. E a aero não “resolve” tudo sozinha; você ainda precisa ser o maldito do piloto.
E se você quer mais referências de máquinas que celebram barulho, giro e tato, vale olhar outro V12 aspirado manual com pegada sem frescura: o GP1 estilo garagista joga nessa mesma arena emocional, ainda que com outro pacote técnico.
FAQ — dúvidas que você teria na garagem
- Ele tem assistência eletrônica intrusiva? O foco é pilotagem pura; a eletrônica existe, mas não rouba a cena.
- É legal para rua? A proposta é pista. Homologações podem variar por mercado, mas a ideia aqui é traçado, ponto.
- Potência oficial? Não divulgada. Use o T.50 (cerca de 650 hp) como referência de base técnica.
- Por que sem ventilador do T.50? O pacote aero aqui é clássico de corrida, para estabilidade e consistência.
- Posso personalizar? Sim. Cores, materiais e ajustes de cabine focados em uso de pista.
Curte track toys com apelo visual e propósito claro? Outra leitura que casa bem é este V12 híbrido extremo da casa do touro, com pegada de palco principal: Lamborghini Fenomeno. É outro mundo técnico, mas o drama é igualmente delicioso.
Minha visão: o Le Mans GTR não quer humilhar planilhas. Ele quer derreter seu cérebro no combo som+rotação+precisão. É um “foda-se os números de 0–100, quero curva”, feito para poucos, bem poucos. O preço em $/€? Você já sabe: se precisa perguntar, provavelmente já ficou tarde. E tudo bem — ainda dá para pirar no som desse V12 e, quem sabe, mirar num track toy menos extremo que entregue uma fração do mesmo tesão.
Curtiu o GMSV Le Mans GTR? Que parte mais te arrepiou — o V12 a 12.100 rpm, o manual ou a aero longtail? Comenta abaixo e bora trocar ideia!
Author: Fabio Isidoro
Fabio Isidoro é o fundador e editor-chefe do Canal Carro, onde escreve sobre o universo automotivo desde 2022. Apaixonado por carros e tecnologia, iniciou sua trajetória no portal HospedandoSites e hoje se dedica à criação de conteúdos técnicos e análises completas sobre veículos nacionais e internacionais. 📩 Contato: contato@canalcarro.net.br