O Ferrari Roma 2026 fecha sua jornada em grande estilo: último ano de produção, apenas na carroceria Spider, e com tudo que um verdadeiro GT precisa para te arrancar um sorriso — e uns bons trocados. É o adeus de uma linguagem de design que misturou elegância pura com um V8 biturbo que empurra pra cacete. E, no mesmo palco, entra o sucessor, Amalfi. Duas tentações no mesmo show. Que diabos você compra?
Por que Roma Spider 2026 encerra um ciclo e seduz colecionadores?
Porque é a derradeira iteração da plataforma Roma e só existe como Spider em 2026. O coupé já se despediu. A filosofia “La Nuova Dolce Vita” segue intacta: linhas limpas, frente “shark-nose” monolítica, aerofólio traseiro ativo com três estágios e uma presença que não grita, mas impõe respeito. É aquele GT que passa no hotel 7 estrelas e todo mundo tenta não olhar — mas olha.
A cereja do bolo é a narrativa de transição. Em 2026, chegam as primeiras unidades do sucessor, mais tecnológico e com correções de ergonomia. Se você quer o último Roma de fábrica, é agora; se quer a evolução, espere o novo. Detalhes do legado e do “upgrade” estão no nosso mergulho da Ferrari Amalfi.
O que muda no motor F154 V8, câmbio e desempenho em números?
O coração é o F154 BH: V8 3.9 biturbo (3855 cc), 620 cv a 7.500 rpm e 760 Nm de 3.000 a 5.750 rpm. O punch de GT está no platô de torque e no fato de 80% vir já a ~1.900 rpm. A caixa DCT de 8 marchas tem trocas suaves em cruzeiro e violentas quando você pisa sem dó. O 0-100 km/h oficial é 3,4 s e a máxima passa dos 320 km/h. A eletrônica é assinatura Ferrari: Side Slip Control (SSC), controle de tração fino e aquele feeling de que a traseira dança sem te matar. Fonte técnica oficial: ferrari.com.
Eficiência? Consumo combinado na casa de 19 mpg (aprox. 12,4 L/100 km) e CO₂ WLTP por volta de 258 g/km. Com MagneRide, ele fica bicho raro: confortável e afiado no mesmo dia. Se quer comparar com um GT híbrido high-end (e mais pesado), veja como anda o V8 elétrico-auxiliado no Bentley Continental GT.
Quais são as dimensões, pacote de tecnologia e conforto a bordo?
Medidas de respeito para um 2+2 com motor dianteiro-central: 4.656 mm (C), 1.974 mm (L), 1.301 mm (A), entre-eixos de 2.670 mm. Peso em ordem de marcha por volta de 1.724 kg. Porta-malas? 255 litros com a capota erguida — líder entre GTs conversíveis de proposta semelhante. A capota de lona com mecanismo em “Z” abre/fecha em ~13,5 s e ocupa só ~220 mm quando recolhida.
O interior “dual-cockpit” cria duas células simétricas. Materiais premium por toda parte. Porém, vamos falar do elefante no salão: os comandos táteis no volante. Bonitos, futuristas… e às vezes irritantes pra caramba. O feedback dos donos foi claro, e a marca ouviu. Sistemas de assistência como ACC, monitor de ponto cego e alerta de faixa podem equipar o carro conforme pacote. Para contexto de emissões/medição, recomendo um pit-stop em wltpfacts.eu.
Qual é a estratégia de versões e como entra o sucessor Amalfi?
2026 é ano-modelo derradeiro do Roma e somente Spider. Esqueça boatos de “Roma S” ou “Roma Modificata” com 700+ cv: nada oficial. O que existe é a evolução lógica no sucessor, com ~631 hp, aerodinâmica mais eficiente e — finalmente — retorno de botões físicos no volante, inclusive o botão de partida vermelho.
Se a sua vibe é GT conversível no ápice, poucos rivais entregam o pacote emoção + elegância sem parecer um circo ambulante. Um contraponto interessante, em brutalidade e luxo, está no Aston Martin Vanquish Volante 2026 — filosofia diferente, mas o mesmo objetivo: te tirar o fôlego.
Como o Roma encara DB12, Continental GT e rivais de alto nível?
Na régua fria, DB12 tem mais potência e o Continental GT Speed traz hibridização absurda de torque. O Roma não vence todas as tabelas, mas entrega “drama Ferrari” e conexão emocional que valem ouro. Direção viva, motor com timbre viciante e uma elegância que não cansa. Não é marketing vazio; é sensação real de volante na mão.
Quer mais referência GT de luxo em despedida de ciclo? O BMW Série 8 Conversível 2026 é outro bom termômetro. Em bullets, fica ainda mais direto:
Roma Spider 2026 vs rivais: quem entrega o quê?
- Ferrari Roma: 620 cv, 760 Nm, drama e leveza
- DB12: 671 cv, 800 Nm, “super tourer” bruto
- Conti GT Speed: 771 cv híbrido, torque monstro
- Porsche 911 Turbo S: clínica e tração absurda
- McLaren GT: mid-engine, foco em dinamismo
Quanto custa, como comprar e o que esperar de disponibilidade?
Prepare o bolso. O Roma Spider 2026 crava faixa de cerca de $280.000, dependendo de opções e personalização. O Amalfi tende a orbitar cifras semelhantes, com evolução de conteúdo. Em GTs desse calibre, lista de espera existe, prazos variam e oportunidades surgem em seminovos “quase zero”. Evite comprar por impulso; opção mal escolhida pode mexer pesado na revenda.
Se quer alternativa aberta com foco esportivo e etiqueta parecida, vale estudar o novo Aston Martin Vantage Roadster 2026. E lembre-se: manutenção de exóticos dói mais que a de alemães premium; garanta pacote de serviço e inspeções criteriosas.
Checklist de compra rápida (sem enrolação)
- Confirme MagneRide no carro
- Verifique pacote ADAS
- Checagem de capota e vedação
- Histórico de serviços na rede
- Configuração de bancos e HMI
- Rodas/pneus sem “flat-spot”
- Especificação de áudio e telas
FAQ — dúvidas que você teria antes de assinar
- O Roma 2026 é só Spider? Sim. O coupé saiu de linha antes e 2026 marca o último ano da plataforma, exclusivamente conversível.
- Vale pagar pelo MagneRide? Sim, pra caramba. Melhora conforto em piso ruim e ainda deixa o carro afiado quando você exige.
- A HMI tátil atrapalha? Em alguns usos, sim. O sucessor volta a botões físicos. No Roma, é questão de hábito e configuração.
- É 2+2 “de verdade”? É 2+2 à moda GT: traseira serve para crianças, bolsas ou mochilas. Adultos vão reclamar depois de 30 minutos.
- E a revenda? GT Ferrari costuma segurar bem se a especificação for inteligente. Mas não conte com valorização especulativa.
Minha visão? O Roma Spider 2026 é o gran finale que merecia: lindo, rápido, usável e com aquele tempero que só um V8 italiano entrega. A HMI tátil? Um tropeço estiloso, mas contornável. Se você quer o último brinde da “Dolce Vita” com vento no rosto, manda bala. Se prioriza ergonomia moderna e um plus aerodinâmico, o Amalfi é o caminho. Nos dois casos, é luxo com emoção — e não tem como isso ser uma má ideia.
Curtiu ou discorda de algo? Deixe seu comentário abaixo e diga: você iria de Roma Spider final edition ou esperaria o Amalfi?
Author: Fabio Isidoro
Fabio Isidoro é o fundador e editor-chefe do Canal Carro, onde escreve sobre o universo automotivo desde 2022. Apaixonado por carros e tecnologia, iniciou sua trajetória no portal HospedandoSites e hoje se dedica à criação de conteúdos técnicos e análises completas sobre veículos nacionais e internacionais. 📩 Contato: contato@canalcarro.net.br