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Volvo BZRT: Primeiros Ônibus Biarticulados Elétricos do Mundo Chegam em 2025

Eu não vou te enrolar: a Volvo Buses vai entregar em 2025 os primeiros ônibus biarticulados 100% elétricos do planeta. É uma virada de jogo para BRT: 28 metros, até 250 passageiros, 400 kW de potência e até 720 kWh de bateria. É grande, é silencioso e, sim, é coisa séria pra caramba.

O que torna o BZRT o primeiro biarticulado elétrico de verdade?

O BZRT nasce para alto fluxo: biarticulado com 28 m e capacidade declarada de até 250 pessoas (ou 180 no articulado). O chassi foi pensado para BRT de alta demanda, com trem de força centralizado e baterias no assoalho, liberando espaço e balanceando peso. Resultado? Piso mais livre, circulação melhor e conforto sem aquele barulho infernal de motor a combustão.

No powertrain, são dois motores elétricos de 200 kW cada (400 kW/540 cv no total) e até oito módulos de bateria somando 720 kWh. Isso dá autonomia urbana robusta com zero CO₂ no tubo de escape e ruído baixíssimo — o tipo de silêncio que você sente no primeiro quarteirão. A propósito, o DNA elétrico premium que a gente vê em SUVs da marca também puxa essa percepção de qualidade, como no Volvo XC90 preparado pela Heico Sportiv.

Como esse trem de força entrega 400 kW e até 720 kWh na vida real?

O pacote é modular: a plataforma aceita até 8 baterias (720 kWh) e dois eixos motrizes com motores de 200 kW cada. Isso permite configurar autonomia e desempenho conforme o ciclo da linha e a topografia. A integração no assoalho reduz centro de gravidade e melhora estabilidade — algo essencial quando você carrega o equivalente a um avião regional sobre pneus.

Em operação real, a autonomia depende de fatores como temperatura, carga, estilo de condução e topografia. Mesmo assim, os números globais de e-buses mostram que a maturidade da tecnologia está aí, com ganhos consistentes em eficiência e custo por km, como aponta a IEA no Global EV Outlook 2024.

Capacidade, conforto e ruído: cabe 250 pessoas sem sofrimento?

Cabem, e o layout ajuda. Com motor e baterias “debaixo do pé”, o salão fica mais limpo e o fluxo melhora nos horários de pico. A aceleração elétrica é linear, sem trancos, e o ruído cai drasticamente — seus tímpanos agradecem, e os moradores do corredor também. É um salto de qualidade que a gente já percebe em elétricos de passageiros com bom isolamento e powertrain refinado, algo que lembra o refino elétrico de SUVs premium como o EQB.

Capacidade é mais que número: é tempo de embarque, ergonomia de portas, algorítmos de controle de tração e distribuição de torque em piso molhado. O BZRT traz tudo isso com um pacote de segurança ativo que não é firula: evita bobeira, reduz desgaste e mantém a operação fluida quando a demanda fica, desculpa a franqueza, insana.

Quais sistemas de segurança e automação fazem diferença no BRT?

O BZRT vem com câmeras para ampliar a visão do motorista, detecção de pedestres e ciclistas, leitura de placas e o Volvo Dynamic Steering (VDS), que ajuda a manter a precisão mesmo com lotação. Soma-se a isso as Zonas de Segurança via GPS, que reduzem a velocidade automaticamente em áreas críticas. É o tipo de “mão invisível” que salva tempo e pele.

Nessa toada de software e alcance elétrico, a transição para plataformas cada vez mais definidas por software já se vê em elétricos de passeio de longo alcance, caso das famílias e-tron, como mostra esta análise de autonomia dos Audi A6/S6 e-tron. Esse ecossistema digital desembarca no ônibus para gerenciar torque, frenagem regenerativa, velocidade e segurança em corredores dedicados.

Infraestrutura e operação: dá para carregar um gigante desses?

Dá, mas não no improviso. Operação de alta capacidade pede planejamento: carregamento noturno em depósito com potências elevadas e, quando fizer sentido, pantógrafo oportunista no fim de linha. Com 720 kWh máximos, o jogo é combinar potência de recarga, janelas operacionais e temperatura das baterias para não fritar nada e manter o TCO sob controle. Em arquitetura, é a mesma lógica dos EVs de grande porte com alta potência DC e gerenciamento térmico esperto, algo que também aparece em SUVs elétricos de luxo como o Wagoneer S.

Para dimensionar a frota, ferramentas de simulação de ciclo são obrigatórias. E vale seguir boas práticas do setor de transporte público elétrico, consolidadas por entidades globais como a UITP no compêndio de e-buses. Em resumo: infraestrutura robusta, gestão térmica eficiente, telemetria em tempo real e operadores treinados. Sem isso, vira gambiarra — e gambiarra em alto fluxo dá ruim, cacete.

Destaques técnicos em 20 segundos

  • 28 m e BRT de alta demanda
  • Até 250 passageiros (bi)
  • Dois motores 200 kW (400 kW)
  • Até 720 kWh de bateria
  • Baterias no assoalho
  • Zero emissões locais
  • VDS e Zonas de Segurança
  • Câmeras e sensores 360°

BZRT vs. articulados elétricos comuns

  • Capacidade: 250 vs ~150-180
  • Comprimento: 28 m vs ~18 m
  • Bateria: até 720 vs ~350-500
  • Potência: 400 kW vs ~250-330
  • Fluxo: biarticulado vs articulado
  • Estabilidade: VDS e gestão peso
  • Segurança: zonas com GPS

FAQ rápido

  • Qual a potência total? 400 kW (dois motores de 200 kW), com entrega linear e alta tração.
  • Qual a capacidade de bateria? Até 720 kWh, com módulos escaláveis conforme a rota.
  • Quantas pessoas leva? Até 250 no biarticulado; cerca de 180 no articulado.
  • Como reduz acidentes? VDS, câmeras 360°, detecção de pedestres/ciclistas e Zonas de Segurança via GPS.
  • Como carrega? Principalmente em depósito DC; pode usar pantógrafo em fim de linha, dependendo da operação.

Se você quer evidência do empurrão elétrico no transporte, olhe também a mudança de paradigma em ícones a combustão migrando para elétricos radicais, como no salto do Corvette para EV. A indústria toda está virando a chave — inclusive nos pesadões.

Minha visão: o BZRT acerta onde dói no BRT — capacidade, ruído, eficiência e segurança. A engenharia é sólida, os números são críveis e a modularidade de bateria dá jogo tático para diferentes linhas. O desafio? Infra robusta e disciplina operacional. Se a operação for preguiçosa, a autonomia evapora e o custo sobe. Se for bem gerido, vira benchmark global. Simples assim.

Curtiu ou discorda? Deixa seu comentário: o que mais pesa para você num BRT elétrico — autonomia, conforto, segurança ou custo?

Author: Fabio Isidoro

Fabio Isidoro é o fundador e editor-chefe do Canal Carro, onde escreve sobre o universo automotivo desde 2022. Apaixonado por carros e tecnologia, iniciou sua trajetória no portal HospedandoSites e hoje se dedica à criação de conteúdos técnicos e análises completas sobre veículos nacionais e internacionais. 📩 Contato: contato@canalcarro.net.br

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